sábado, 18 de maio de 2013


Paulo de Tharso ou simplesmente, Picanha





Quinta feira eu não estava muito bem. Pela primeira vez pensamentos fortes com relação a voltar para São Paulo, minha terra natal. Mas mudei de ideia, ou início dela, depois de uma conversa longa com uma amiga (amiga muito mais velha, que poderia ser minha avó, diz ela - exagero total.... sim, mais velha do que estaria minha mãe hoje, mas avó?!....). Tomamos quatro cervejas na Padaria de Fátima. Início de noite já quando nos despedimos e fui para casa. 

Olhei meus e-mails, postei fotos no face. Não entendi direito o que o escritor Ademir Assunção escrevia sobre o Picanha. Ou eu não queria entender. Subi para o terraço de casa, cuja vista é ampla. 


Em nosso quintal algumas árvores: pé de manga, limão, cana, mais mato e mato. Um silêncio tomava conta de mim. O vento batia nas folhas... fazia um som... um som que parecia ser o único a existir.


Nem eu entendia porque eu estava tão triste com a morte - essa que eu custava aceitar e entender - do Paulo de Tharso! E que na verdade só acreditei mesmo quando no outro dia, em busca na net, via a notícia nos jornais: Folha, Estadão, O Globo etc etc etc etc. E foi quando eu chorei.


Mas voltando ao terraço, em minha cabeça algumas imagens foram aparecendo: a gente jogando sinuca num bar ali perto dos Parlapatões, eu e ele jogando contra outros dois, e mais dois esperando os ganhadores.... me diverti tanto!!! tanto!!! (rsrsrs). Quando do acidente trágico com Mário Bortolotto.... suas palavras.... seu jeito.... quando pela primeira vez que o vi cantando blues.... adorei!!!! quando aqui no Rio o encontrei em um ônibus, me convidou para uma cerveja, eu não pude aceitar a cerveja, estava de ressaca, havia ido num show na noite anterior, mas tomei um soda limonada, ele a cerveja, enquanto esperávamos (me fez esperar) o Marcos Loureiro (ator e diretor de teatro). E depois me fez ir em casa trocar de roupa e ficarmos na praia do Leblon esperando o Marcelo Mirisola... que demorou muitoooo e enquanto isto riamos muito, muito. E ele tomou banho (rsrsr) e se arrumou todo num banheiro da praia (lógico, pagou por isto). Perguntou se estava bonito (rsrsrs). E foi com o Mirisola assistir uma peça de teatro.


Sempre que eu encontrava o Mirisola aqui na Lapa ele falava alguma coisa do Picanha "fui pra São Paulo... (entre outras coisas), vi o Picanha, foi bem legal" - algo assim.


Gente, não sei o que dizer. Que perda precoce! Quantas saudades está deixando! Tantas coisas belas e legais foram ditas sobre o Picanha.... é isto! Fica eternamente sua alegria, seu sorriso, sua inteligência, sua arte, e sua personalidade, que conseguiu contagiar e agregar, tantos ao seu redor. Valeu! beijossss



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