segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Para matar a saudade de Raul Cortez: cujo, pra mim, um dos maiores atores do planeta.



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Chico Buarque - Morro Dois Irmãos (Carioca Ao Vivo)




Dois Irmãos, quando vai alta a madrugada
E a teus pés vão-se encostar os intrumentos
Aprendi a respeitar tua prumada
E desconfiar do teu silêncio

Penso ouvir a pulsação atravessada
Do que foi e o que será noutra existência
É assim como se a rocha dilatada
Fosse uma concentração de tempos

É assim como se o ritmo do nada
Fosse, sim, todos os ritmos por dentro
Ou, então, como um música parada
Sobre um montanha em movimento



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Clovão: só na manha



Estamos em temporada de pesca. E todos os dias de manhã alguns barcos pesqueiros reúnem-se neste pedaço de mar até partirem para o trabalho. Fico observando. Alguns jogam uma rede enorme envolta do barco e ficam por aqui.

Desde criança tenho paixão por embarcações: barcos, navios, botes, transatlânticos (e passam uns maravilhosos por aqui, principalmente na época do ano novo... cada um enorme!... na verdade prefiro os barcos... e quanto mais parecido com aqueles que a gente faz com papel... dobradura, melhor.

E desde que soube da morte de um querido amigo que fiz em Londrina, o Clovão, penso nele diariamente. E vejo seu rosto em minha memória; rindo leve. E escuto nitidamente sua voz dizendo "só na manha Nancy, só na manha" - e nossas risadas.

E engraçado porque esses dias eu estava bastante ansiosa e até desanimada (coisas da nossa labuta Ok) e aí me vinha na lembrança (como eu disse acima) a voz do Clovão: "só na manha Nancy, só na manha". Eu ria e chorava ao mesmo tempo. Não sei se pela morte do Clóvis; pela minha situação (rssrsr); ou simplesmente pela beleza das coisas que fluem na manha. Assim como a coreografia dos pássaros atravessando esse céu. Assim como o balançar das árvores; como o canto das cigarras; dos pássaros. Como o espetáculo das borboletas. Assim como o nossa respiração quando está tranquila. Assim como o amor; As embarcações; Assim como a leveza e sabedoria de qualquer coisa.


Obrigada Clóvis.



Clovão de preto e atrás o ator e escritor Márcio Américo



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um papo e recado



Hoje é feriado aqui no Rio. Hoje é dia de São Sebastião, padroeiro da cidade. Faz um calor arrogante, mas em compensação a mar está maravilhoso. Tenho ido bastante à praia, já que moro de frente pro mar.... Noutro nível, estou mais ao alto, dez minutos descendo o Penhasco.

Disse para minha irmã ontem, quando nos falamos por telefone: "esqueçam meu apelido de branca, estou bem tostadinha (risos). Engraçado, para muitos ainda sou branca, pois o carioca é bem moreno mesmoooo. Assim que cheguei aqui muitos achavam que eu era gringa (risos).

Aqui sou Flamengo. O bom é que o carioca não é doente para futebol como em São Paulo. Só me dizem: "que time tu torce em São Paulo. Respondo: "Palmeiras". Aí sempre escuto: "Mas então tu tem que ser Vascaina . Quem torce pro Palmeiras, aqui é Vascaino porra". Tudo bem, respondo. Mas sou Flamengo. I love Flamengo (rsrsrsr).

Preciso deixar um recado: não estou conseguindo acessar o facebook. Com certeza, sabem os amigos, que não sou de acessar muito mesmo, mas uma hora respondia os recados. Pois é.... aparece uma mensagem esquisita dizendo que foi tentado acessar meu facebook de maneira não segura, aí o bloqueio... Penso porque uso internet em uma Lan...... (e o motivo da letrinha tão pequena aqui... não adianta, não aumenta)... então quando eu conseguir entrar respondo vocês Ok. Quero mandar um beijo dois beijos três beijos para o Gerson (rsrsrs)... Bacana que as coisas estão rolando.

Meus irmãos estão preocupadíssimos comigo por causa dos desmoronamentos em encostas (todos sabem). Lógico que aqui também corremos riscos (já que moro no Penhasco Dois Irmãos). Mas a prefeitura fez um trabalho aqui e sim , algumas casas estão condenadas. Pediu inclusive para alguns (bem pouco isto) deixarem o local imediatamente. Mas nem todos fizeram isto. Então é complicado, alegação: não ter para onde ir imediatamente... já que além das pessoas, têm os móveis etc etc. Mas será que a natureza espera?

E aqui imóvel é bem difícil. Principalmente nesta época. O Rio está cheio de gringos e pessoas de outros estados e cidades. É a temporada de verão!. Na época do natal e ano novo então, estava 3 vezes mais cheio que agora. Quem aluga pede o olho da cara.

Meu estômago está roncando (risos). Preciso fazer almoço. O feijão (preto) já está cozido... vou fazer frango com batatas, pimentão e cenoura, arroz e salada.... preciso comer comida. Sim cozinho... e muito (rsrsr) adoro! Mais tarde vou para a praia, ensaiar e trabalhar um pouco.

Inté


ó São Sebastião....




quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Artista: Lucas Fracalossi




Hoje conheci a Central do Brasil.

Os dias estão corridos. E muita chuva e calor.

Na semana passada encontrei o Paulo de Tarso (o ator, Picanha) passeando aqui no Rio. Tomamos um banho de mar. Encontrei também Marcos Loureiro e Marcelo Mirisola. Rimos muito. Muito bom encontrar amigos.

E o Clovão, um cara que conheci em Londrina e que eu gostava muito, faleceu esses dias. Um passarinho o Clóvis. Fiquei bem sentida.

Bom ... vou ter que ensaiar agora... o músico chegou. Maximiliano... argentino... toca bemmm gente!


inté..........


Ó a central acima.






segunda-feira, 10 de janeiro de 2011


proteção ao embrião humano


UNIDUNITÊ




Unidunitê,
onde anda você?
Procuro pelas gavetas,
procuro pelas esquinas,
procuro na sombra da lua,
no sol derramado na rua,
no sal das espumas,
nos sinos do vento,
não sei se será menino,
não sei se será menina,
quando um dia você chegar
deslizando na areia do tempo...

Unidunitê,
onde anda você
antes de nascer?




ROSEANA MURRAY

Caixinha de Música, ed. Manati, 2004






quarta-feira, 5 de janeiro de 2011



"Um dia hei de renascer numa grande cidade de outro sistema planetário, no passado ou no futuro, onde uma única montanha de 5 quilômetros de altitude se recorta no céu azul - com toda a compaixão que sinto dentro de mim, a única coisa que vou precisar é da sabedoria da terra."


Jack Kerouac