sexta-feira, 30 de dezembro de 2011



Há 10 anos e 1 dia foi embora Cássia Eller. Em 29 de dezembro de 2001. Eu estava tomando uma breja com meu amigo Alfredinho no Pupi (bar na Paulista), que fica bem em frente da Gazeta. Não acreditei, achei que fosse uma bricadeira muita da sem graça, quando os caras, câmeras, jornalistas e etc, chegaram no bar contando a notícia que iria pro ar naquele momento.

Cássia Eller, eterna. Dez anos e parece que foi ontem.



Rock In Rio 2001 - HD

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011



Pra todos!


um beijo.


Nancy




quarta-feira, 21 de dezembro de 2011



Meu jeito errado de escrever





Sempre tive problemas com a escrita. Hoje 90% curada mas ainda cometendo gafes. Tive um problema relacionado a demasiada distração e ansiedade. Na prática, acontecia de escrever uma palavra faltando letras, uma frase faltando palavras, uma palavra com a letra trocada - a posterior no lugar da anterior, e outras coisas como: a troca de e por i, a por o, e o por u.


Também tive problemas com ansiedade quando comecei a fazer datilografia. Eu tinha uns 11 anos de idade. "Datilofrafia (datilografia) do Mário". Seo Mário tinha uns 50 anos. Tinha as pernas tortas, e eu vivia infernizando a vida do seu Mário para trocar as máquinas de escrever. Eram velhas demais! (rsrsr). (acabei de trocar o o pelo u - percebi e vou deixar. Continuando... fiz a datilografia e ganhei o diploma a muito custo, pois seo Mário era categórico comigo: eu só levaria o diploma se no teste final fizesse os 300 toques por minuto (que era o mínimo)só que,detalhe, com todos os dedos na máquina.


Eu tinha horror a usar todos os dedos. E pedia ao seo Mário pelo amor de deus pra fazer o teste do meu jeito. Ele nem me respondia. Ria da minha cara. Eu insistia e afirmava minha maior velocidade escrevendo errado. Nenecas.... ele era fatídico!sinistro! (como se diz muito aqui no Rio) (rsrsr).



Até que no dia de mais uma tentativa de teste final consegui os 300 toques em 1 minuto e com todos os dedos.


As pessoas acham que digito muito rápido. Sim faz parte, e ainda mais depois do que disse para meu professor: "tirando o diploma vou escrever do jeito que eu quiser".


Mas quanto as trocas citei (acabei de pular que (antes do citei) - vou deixar assim), é só com atenção mesmo. Tenho que reler as coisas, enfim.... hoje faço mas percebo.


Só que não foi o que aconteceu numa postagem aqui (A Vendedora de Cigarros), só reli hoje e percebi um erro, deixei postado esquesito -Troquei o i pelo e. Sorry. Kisses.






terça-feira, 20 de dezembro de 2011




Nessa noite calorosa e estrelada (pra mim ainda é noite, e ainda vai mais um pouco).... a divina Etta James.


domingo, 18 de dezembro de 2011


Sérgio Britto em “A última gravação de Krapp” - de Beckett


Eu quando podia assistia ao programa de Sérgio Britto. Nunca o vi atuando no teatro, infelizmente, mas sempre o achei, e acho, um cara grandioso. Vai abaixo um trecho de uma entrevista para o Sesc SP em 2003.





Vamos falar um pouco sobre esse espetáculo em cartaz, o Sérgio 80. O que você conta nele?


Eu cito Quatro Vezes Beckett porque eu conto minha experiência com o Gerald Thomas, fui eu que o trouxe para o Brasil. Eu falo dos dois Geralds: do desagradável, aquele com o qual eu não concordo, aquele que chega, olha para a platéia e diz: Ih, tudo com cara de burro, não vão entender nada hoje, vai ser ruim; e o Gerald que trabalha com os atores. Não há um ator que tenha trabalhado com ele que não o ache ótimo. Ele desperta coisas em você que você não sabia que podia fazer. Ele é maravilhoso, é um diretor criativo como poucos. Conto que fui um rapaz muito tímido e, ao mesmo tempo, muito adulto. Eu não brincava muito, eu ficava perto dos mais velhos ouvindo as conversas. A família me fez aquela subliminar: Meu filho vai ser médico, meu filho vai ser médico. Pois bem, fui ser médico. No quarto ano de medicina me perguntaram: Quer fazer teatro? E respondi: Quero! Foi impressionante porque eu não vacilei. Depois eu fiquei espantado por que como assim eu disse quero? De onde veio isso? Eu comecei a fazer teatro universitário, depois fiz o Teatro de Estudantes, do Paschoal Carlos Magno. Aí já era a época do Sérgio Cardoso, que foi me empurrando para o teatro. Acho que ele foi uma das coisas mais determinantes para eu largar a medicina. Nós brincávamos de fazer teatro, era uma coisa mais ou menos. Mas o Sérgio já era ator.

Que texto você viu nesse tempo todo que considera pilar da dramaturgia brasileira que vai sustentar ainda futuras gerações?


Tem um autor que eu não sei quanto tempo vai durar, mas que é sensacional, que é Nelson Rodrigues. Eu me lembro que quando garoto ia muito ao cinema também, e gostava mais, na verdade - de certa forma eu ainda acho que gosto mais de cinema que de teatro como espectador. O cinema me envolve mais, me faz fugir mais da realidade, não sei... Eu gosto de teatro, muito, mas sou muito exigente. Mas eu sou muito exigente comigo mesmo também. Demais. A ponto do exagero. Mas em 1943 eu vi Vestido de Noiva, foi quando tudo mudou, eu comecei a gostar e querer ir mais ao teatro. Aí já não ia mais com a família, ia por conta própria, já tinha 20 anos. Foi uma revelação das possibilidades do teatro, aquele cenário do Santa Rosa, outros planos, a realidade, a fantasia, alucinação.

Além de Vestido de Noiva, há algum outro texto?

Outro texto muito importante é O Cristo Proclamado, de Francisco Pereira da Silva. Recentemente Giani Ratto fez anos e nós tivemos um almoço com ele no Albamar, no Rio de Janeiro. Fernanda, Fernando, Ítalo Rossi, Calma Murtinho e Tânia Brandão, que escreveu um livro sobre Teatro dos Sete. Ao mesmo tempo, a filha dele fez um documentário sobre nós comentando Giani Ratto. Todas as nossas conversas vão virar um documentário. Falamos muito sobre essa experiência de O Cristo Proclamado. É uma peça que hoje faria um sucesso tremendo.

Como você avalia a qualidade do teatro hoje?


Giani Ratto diz que nós continuamos perdidos. Talvez o desânimo dele seja maior que o meu, mas nós estamos realmente numa situação bem confusa culturalmente. Em São Paulo geralmente se fala que está tudo bem. Eu não acho que está. Eu vejo a programação de São Paulo e realmente está bem melhor que o Rio, que no momento não atravessa uma situação boa. Há muitas estréias por aqui, mas estréias insignificantes, que não representam nada.

O que você chama de confusão?


As pessoas não estão com caminhos firmes e nítidos. Elas não sabem o que fazer do teatro, e saem por aí, como dizemos no meio, dando tiro na praça. Peças que não se sabe nem por que foram montadas. Montou-se porque o papel era bom para determinado ator ou determinada atriz. Isso não é teatro, isso é uma exploração comercial do entretenimento levada às últimas conseqüências. O teatro não sobrevive culturalmente assim. Não estou aqui sendo um moralista do teatro dizendo que não pode haver o puro entretenimento. Pode, sem problemas, mas só?






sábado, 17 de dezembro de 2011



Performance "A Vendedora de Cigarros"






Na sexta-feira trabalhei com minha performance A Vendedora de Cigarros. Há um mês não a colocava nas ruas. E como sempre o resultafo foi espetacular pra mim.


Dentro de tudo que aconteceu na noite, vou contar uma que me deixou meio, sei lá, contente, feliz, emocionada, e até preocupada (rsrsr). O teatro, meus shows, graças a Deus, sempre me deram muita alegria (bem pouco dinheiro, ou quase nada mesmo), mas sempre tive aquela sensação boa de estar realmente transmitindo coisas legais.


Agora, o que acontece com essa performance me deixa até meio, digo, bastante, zonza (rsrsr). Vamos lá ao que eu iria contar:


Passando naquela rua que vai dar na escadaria de Santa Teresa, um músico sentado numa mesa de um bar, com seu instrumento no colo tomando uma breja, me chamou. Resumindo, ele queria um poema meu, dos cigarrinhos.


Quando achei um (tenho que abrir um por um e depois montar o cigarrinho de novo). Entreguei a ele. Ele leu, eu achei que não iria gostar e já procurava outro. Mas não precisou, disse ter gostado muito inclusive. Fui embora.


Na volta, ouvi alguém me chamando da mesa do rapaz. Fui até lá e aí ele estava acompanhado com um colega, notave-se também músico. E o cara foi dizendo: "moça quero o poema dele". " O meu não cara". Um pequeno mal entendido: "quero um igual o dele". Vou tentar". E fui abrindo cigarrinhos até abrir todos, e nada.


Infelizmente não tenho mais aqui. Ofereci outros, Hilda Hilst, poemas maravilhosos de poetas grandiosos. E nada. "Posso lhe enviar por internet se gostou tanto" (pois a expectativa do cara a cada cigarrinho que eu abria era impressionante). E nada. O cara ficou realmente triste. Disse que queria naquela noite, pois daria a alguém.


Eu já estava meio de saco cheio (rsrsr) e precisando continuar meu trabalho. "olha não posso mesmo fazer mais nada. Tchau.....". Aí o cara olhou dentro da minha, minha (na verdade não sei como se chama - dentro de minha maletinha que se transforma naquela coisa que as vendedoras de cigarro usam abertas, com tiras no pescoço e cintura) e viu uma caixinha (linda!) da Elis Regina. Pegou a caixinha e disse num tom esquisito: "vai a Elis mesmo, acho que ela vai gostar". "não quer ler o poema de dentro, perguntei?" "Não, não quero não". Me pagou, não quis troco, e eu continuei meu trabalho. Fiquei curiosa pra saber qual poema ele estava levando. Eis o meu poema, abaixo:




Dança do Cisne


O verdadeiro amor
é dourado
cintilante
prateado.

Amor
Resplandece
Restaura corpos
(in natura)
Inova almas
Ressuscita.

Amor brota
Enraíza
Floresce
Amor não morre
Nós morremos
Ele permanece.








quarta-feira, 14 de dezembro de 2011



à flor da língua


uma palavra não é uma flor

uma flor é sue perfume e seu emblema

o signo convertido em coisa-imã

imanência em flor: inflorescência

uma flor é uma flor é uma flor

(de onde talvez decorra

o prestigio poético das flores

com seus latins latifoliados

na boca do botânico amador)

a palavra não: é só floriléfio

ficção pura, crime contra a natura

por exemplo, a palavra amor




Geraldo Carneiro






domingo, 11 de dezembro de 2011

The Doors - Touch Me




Desde que cheguei no Rio, na quinta, chove, melhor, chovia sem parar. Agora de tarde o sol resolveu aparecer e ficar um pouco. Ouvia Doors, entre limpezas, arrumações....

terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Canção


beleza é uma concha
do mar
onde ela reina triunfante
até o que o amor a encontre

vieiras e
patas de leão
esculturas para o
tom de recuadas ondas

acentos eternos
repetidos até
que o ouvido e o olho deitem
juntos na mesma cama


William Carlos Williams (1883-1963)

Tradução: Virna Teixeira



segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


Chorei ontem com a notícia da morte de Sócrates. Eu e tantos, creio. Como eu gostaria que o futebol (e não só) fosse diferente... deixa o doutor falar um pouco. Sempre Sócrates!



domingo, 4 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011


Intolerância 2.12.11


Não aguento mais

Créu

Léu

Danças estúpidas

Misses bumbuns

Mentes bundas.

Próteses, silicones, lipos

Certas apresentadoras

“Atoras” (atrizes)

Cantoras

Poetas, poetisas,

Entendedores disto, daquilo.

Jornalistas

Ensaístas para Realitys Shows

Women Men

Mídias privilegiadas

Notícias estapafúrdias

Vidas de “Célebres - Celebridades”

Cu na minha cara!

Caras de retardadas!

Bucetas sem pelos

Crianças grávidas!

A natureza apelando

Meu dente doendo

O mundo se fodendo!



Nancy Macedo