quarta-feira, 30 de setembro de 2009


Abriu hoje a Exposição Leminski: 20 Anos em Outras Esferas, no Itaú Cultural.


Nos blogs de Ademir Assunção (link ao lado), Mário Bortolotto, ou mesmo nos jornais ou site do Itaú, etc., pode-se encontrar mais informações.

Torci muito pelo projeto e esperei ansiosa pelo dia de hoje. Eis que ele chegou. E achei que não perderia a abertura por nada deste mundo! Mas uma pessoa que amo; amo talvez mais que tudo no mundo, que é meu PAI, está internado, e seu estado até agora pouco era gravíssimo. Digo até agora pouco, porque, para nossa felicidade, deu um ar de melhoras.

Mesmo na correria de hospital, tive que ensaiar com o Madan (chegou de Londrina, vai para Minas Gerais, e temos espetáculo dia 10. (Falo mais depois), e tive que pelo menos entregar umas lições no Multicultural onde faço inglês (por sinal meu apoiador, e muito bom), enfim.... estou agora fazendo uma sopa.

Engraçado, lembrei-me de "Entre Sopa e Leminski" - um pequenino texto, pode se dizer poema? que escrevi numa ocasição, em que lia Lemisnki e preparava ao mesmo tempo uma sopa.

A exposição fica por alguns dias. Imperdível, pra quem, como essa pessoa que agora escreve, fã mor, como para todos os demais.


Com certeza, o sol está raiando no Itaú....

É isto. São meia noite em ponto. Amanhã muito cedo tenho mais um ensaio. Depois hospital e a noite trampo. Correria, e esperando por mais boas notícias..... então preciso ir pra cama cedo.



E que o sol raie em todos nós nesta noite.



segunda-feira, 28 de setembro de 2009


(Link ao lado)



O Ator

(Por Plínio Marcos)



Por mais que as cruentas e inglórias batalhas do cotidiano tornem um homem duro ou cínico o suficiente para ele permanecer indiferente às desgraças ou alegrias coletivas, sempre haverá no seu coração, por minúsculo que seja, um recanto suave onde ele guarda ecos dos sons de algum momento de amor que viveu na sua vida.

Bendito seja quem souber dirigir-se a esse homem que se deixou endurecer, de forma a atingí-lo no pequeno núcleo macio de sua sensibilidade e por aí despertá-lo, tirá-lo da apatia, essa grotesca forma de autodestruição a que por desencanto ou medo se sujeita, e inquietá-lo e comovê-lo para as lutas comuns da libertação.

Os atores têm esse dom. Eles têm o talento de atingir as pessoas nos pontos onde não existem defesas. Os atores, eles, e não os diretores e autores, têm esse dom. Por isso o artista do teatro é o ator.

O público vai ao teatro por causa dos atores. O autor de teatro é bom na medida em que escreve peças que dão margem a grandes interpretações dos atores. Mas o ator tem que se conscientizar de que é um cristo da humanidade e que seu talento é muito mais uma condenação do que uma dádiva.

O ator tem que saber que, para ser um ator de verdade, vai ter que fazer mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios. É preciso que o ator tenha muita coragem, muita humildade e, sobretudo um transbordamento de amor fraterno para abdicar da própria personalidade em favor da personalidade de sua personagem, com a única finalidade de fazer a sociedade entender que o ser humano não tem instintos e sensibilidade padronizados, como os hipócritas com seus códigos de ética pretendem.

Eu amo os atores nas suas alucinantes variações de humor, nas suas crises de euforia ou depressão. Amo o ator no desespero de sua insegurança, quando ele, como viajante solitário, sem bússola da fé ou da ideologia, é obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente, procurando no seu mais secreto íntimo afinidades com as distorções de caráter que seu personagem tem. E amo muito mais o ator quando, depois de tantos martírios, surge no palco com segurança, emprestando seu corpo, sua voz, sua alma, sua sensibilidade para expor sem nenhuma reserva toda a fragilidade do ser humano reprimido, violentado.

Eu amo o ator que se empresta inteiro para expor para a platéia os aleijões da alma humana, com a única finalidade de que seu público se compreenda, se fortaleça e caminhe no rumo de um mundo melhor que tem que ser construído pela harmonia e pelo amor.

Eu amo os atores que sabem que a única recompensa que podem ter não é o dinheiro, não são os aplausos. É a esperança de poder rir todos os risos e chorar todos os prantos.
Eu amo os atores que sabem que no palco cada palavra e cada gesto são efêmeros e que nada registra nem documenta sua grandeza. Amo os atores e por eles amo o teatro e sei que é por eles que o teatro é eterno e que jamais será superado por qualquer arte que tenha que se valer da técnica mecânica.





domingo, 20 de setembro de 2009

Rodrigo Garcia Lopes estará em São Paulo, apresentando-se no Sesc Vila Mariana, terça-feira. Mando todo o serviço mais abaixo.

Desta vez vem acompanhado com dois músicos de primeira: Eduardo Batistella, fotinho abaixo - o cara da frente, e Marcos Scolari (na foto ao piano).

Bom, falar da poesia de Rodrigo pra mim é difícil, ou fácil até demais se eu puder resumir numa única palavra: ótima. E esses dois caras, Edu e Marquinhos, meus amigos, tocam demais. Ambos gravaram com outros músicos e têm trabalhos próprios. Escutar Marcos no acordeão e ao teclado, pra quem curte, garanto, é uma daquelas experências quase transcendentais.

Já do Edu, deixo outra fera, Edvaldo Santana, falar : “Ele está entre os melhores bateristas do planeta; um dos melhores músicos do planeta. Tem criatividade acima da média e precisão de instrumentista que é genial. Já falei com ele e quero ter o Eduardo Batistella para gravar o meu próximo disco ao vivo”.

Bom, é imperdível esse encontro.



CANÇÕES DO ESTÚDIO REALIDADE
O poeta, cantor, compositor e tradutor Rodrigo Garcia Lopes apresenta, no dia 22, terça-feira, às 20h30, no auditório do SESC Vila Mariana, em São Paulo, o show Canções do Estúdio Realidade.

Canções do Estúdio Realidade traz canções de seu primeiro CD, Polivox, e músicas inéditas que farão parte de seu próximo disco, firmando um diálogo entre a canção brasileira e experimentos sonoros e ritmos como blues, jazz e funk, que tem sido a marca de seu trabalho. O show traz, num mesmo contexto, a diversidade sonora e riqueza poética ao explorar a relação entre som e sentido, abrigando linguagens e universos que vão da MPB ao blues, da música trovadoresca ao jazz, do reggae ao funk. No repertório, músicas como as inéditas "Vertigem", "New York", "Rito".
Formação: Rodrigo Garcia Lopes (voz, violão,) Marco Scolari (teclado, acordéon e efeitos eletrônicos) e Eduardo Batistella (bateria). Auditório.
Myspace (músicas)



Dia 22/09/2009, terça, às 20h30

Ingressos à venda em todas as unidades do SESC a partir do dia 01 de setembro. R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário inscrito no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); R$ 3,00 (trabalhador no comércio de bens e serviços matriculado no SESC e dependentes); Auditório (131 lugares). Duração: 75 minutos.


SESC Vila Mariana. Rua Pelotas, 141. Informações: 5080-3000




sexta-feira, 18 de setembro de 2009



Vamos Todo Mundo – música para a Marcha


setembro 16, 2009 de Renata Lea na Categoria Iniciativas, Notícias

A Marcha Mundial Pela Paz e Não Violência ganhou uma música! No melhor estilo We Are The World, a MM já tem sua trilha sonora graças à união de um grupo de artistas que compuseram e gravaram Vamos Todo Mundo, uma canção que lembra que “o mundo é nossa casa” e faz o convite: “vamos todo mundo / juntos nesta Marcha”.

A iniciativa nasceu do empenho do músico brasileiro Madan, que, ao aderir à Marcha, ouviu a sugestão de Alexandre Sammogini: criar uma música para a MM. Seu primeiro passo foi convidar o poeta Paulo Flexa para escrever a letra, que o próprio Madan musicou. Depois, ele convidou o Duofel (Luiz Bueno e Fernando Melo) e, juntos, criaram o arranjo. Feito isso, chegou a hora de colocar as vozes e instrumentos. Vários artistas aceitaram o convite e gravaram a música – ao todo, cerca de 30 pessoas se envolveram no projeto. O resultado pode ser visto neste vídeo, que tem como trilha sonora a música Vamos todo mundo (composição: Madan / letra; Paulo Flexa).

A Marcha Mundial Pela Paz e Não Violência já tem uma música! No melhor estilo We Are The World, a MM ganhou sua trilha sonora graças à união de um grupo de artistas que compuseram e gravaram Vamos Todo Mundo, uma canção que lembra que “o mundo é nossa casa” e faz o convite: “vamos todo mundo / juntos nesta Marcha”.

Gravados no estúdio FrequênCia Rara, São Paulo, Brasil, setembro, 2009

Produção, direção musical e mixagem: Mauricio Grassmann e Madan


Tive a grande honra de participar do projeto. Obrigada pelo convite, obrigada Maurício Grassmann pelos elogios - puxa.... gracias! Mesmo com pequena participação, estar ao lado de tantas feras, e pessoas das quais sou fã, foi maravilhoso.

E quase não consegui ir gravar, cheguei bem tarde no estúdio. Saí debaixo de uma chuva "profissional" - é só perceberem a cabeleira da pessoa: devastada (risos); já no segundo, no caso, último dia de gravação - e isto porque dei um cano no Betão (um trabalho que estou fazendo).

E estamos aí .... A Música já se repercurti em vários países (rápido né!) e está em alguns sites da Marcha Mundial.

O Paulo Flexa pra quem não sabe é o escritor, poeta e compositor Luiz Roberto Guedes.

Tô colocando o link do blog que foi criado. Lá tem o vídeo da música, ao fundo os bastidores, pra quem quiser dar uma olhada.

terça-feira, 15 de setembro de 2009



Várias pessoas fizeram montagens com fotos de Patrick Swayzer e colocaram na internet, comparando-o com o antes e o depois.

Digo, antes da doença e quando doente, digo, quando era mais jovem, lindo de morrer, considerado o homem mais sexy do mundo, com sua aparência de hoje, ou ontem (já passa da meia noite), quando encontrava-se debilitado, doente, frágil, e para muitos destes idiotas "feio".

Só que, quem é bonito nunca vai se tornar feio. A beleza não está na "casca".


E a beleza de Patrick Swayze não era uma beleza de "antes" e "depois" - dessas que aparecem em revistas e em TV.: O antes e depois do corte de cabelo, da plástica, da ginástica, ou mesmo a mudança radical como naqueles programas que se muda tudo numa pessoa.

A vida faz com que tenhamos sim antes e depois, e no caso de Patrick, tratava-se de uma doença muito grave, que o levou aos 57 anos.


Ultimamente havia desistido do tratamento para viver conscientemente "seus últimos momentos de vida".

Bailarino (iniciou ballet clássico ainda criança), violinista e ginasta, chegou a ser indicado ao Globo de Ouro como melhor ator. Mesmo muito mal, recentemente gravou algumas cenas de um seriado (sinceramente não sei ao certo) mas não continuou.

E pra fechar, mais uma foto do bonitão. Pra mim ele será inesquecível.



sábado, 12 de setembro de 2009


"Rain (live)"

Ryuichi Sakamoto


Link abaixo Ryuichi tocando, e Jaques Morelenbaum.






sexta-feira, 11 de setembro de 2009


Estou bem na correria, quase sem tempo de estar por aqui, sim (risos), a próxima correria de hoje será até minha cama!

Conheci um cara esses dias, o Plínio, que só toca blues há mais de 25 anos. Ele me contou, quando assistíamos um show por DVD de Stevie Ray Vaughan, da prematura e trágica morte do músico em um acidente de helicóptero, juntamente com a equipe técnica de Eric Clapton, e que Clapton cedera seu lugar para Stevie no vôo.

Melhor se os dois tivessem ído tomar uma breja e deixassem para irem os dois juntos no outro helicóptero né.... sei lá... só pensamentos tardios !!

Tô colocando o grande tocando....


para bons sonhos.... ou um super bom dia!


está abaixo:


(Stevie Ray Vaughan - Texas Flood (Long version!)


http://www.youtube.com/watch?v=tWLw7nozO_U





quarta-feira, 9 de setembro de 2009



Temporada de Repertório na Galeria Olido. Clique na imagem para ampliá-la.



terça-feira, 8 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009


Acabei de escutar as 20 músicas finalistas (escolhidas entre 136 músicas paranaenses) do FESTIVAL NACIONAL DE MÚSICA DA ARPUB - Associação das rádios públicas do Brasil.

Iiiii, tá difícil hein! (risos) estou completamente indecisa....


Parabéns LONDRINA, maioria dos classificados (Londrina tem mesmo ótimos artistas produzindo), e parabenizo também o pessoal das cidades de Cambé e Ibiporã, que adoro tanto, e enfim todos os outros.

Bom , dentre esses de Londrina muitos são meus amigos.... boa sorte para todos. Até quando mesmo que tem que votar? (risos).

Pra quem quiser saber mais, ou votar nos paranaenses -(então, preciso conhecer as finalistas de São Paulo né!!!!) enfim... tô botando o link abaixo.





sábado, 5 de setembro de 2009


Sabadão.....

Gosto muito desta banda, e muito particularmente deste CD. Tô botando o clip lindo de Am I The Same Girl abaixo. Ótimo feriado para todos.






sexta-feira, 4 de setembro de 2009


Próximas a cachoeira
Divagam folhas
A espera
Do vento.





João Barcelos.



quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cantadas são comuns na vida de uma mulher. Como descreve muito bem Xico Sá (e tô postando aqui o que li hoje em seu blog), indifere o tipo: gazelas, senhoritas, mulheres e afins.

Eu particularmente recebi uma ontem que...... bom... sem muito comentário, pode parecer glamour demais pra uma simples cantada .. mas o rapaz soube fazer uma cantada...... digamos, gentil.. daquelas que deixam a gente até sem jeito. Aprendiz inconsciente do Xico (risos).

abaixo o post.


A CANTADA COMO REVOLUÇÃO PERMANENTE
(da série post das antigas republicado a pedidos)


cantada, amigos, é como a revolução de Mao Tse-Tung, tem que ser permanente.
Existem mulheres que a gente canta no jardim da infância para dar o primeiro beijo lá pelos treze, quatorze.
Mas é necessário que a cante sempre, não aquela cantada localizada, neoliberal e objetiva, falo do flerte, do mimo, do regador que faz florescer, como numa canção brega, todos os adjetivos desse mundo.
A cantada de resultado, aquela imediata, é uma chatice, insuportável, se eu fosse mulher reagiria com um tapa de novela mexicana, daqueles que fazem plaft!
A boa cantada é a cantada permanente.
E mais importante ainda depois que rolam as coisas, depois que acontece, aí a cantada vira devoção, oração dos pobres moços a todas elas.
Porque cantar só para uma noitada de sexo é uma pobreza dos diabos, qualquer um animal o faz.
Porque cantar, à vera, é cantar todas e não cantar nenhuma ao mesmo tempo.
Explico: é espalhar pacientemente a devoção a todas as mulheres como quem espalha sementes nos campos de lírios.
Mesmo que elas digam, com aquele riso litografado na covinha do sorriso, que você diz isso para todas.
E claro que para cada uma dizemos uma loa, fazemos uma graça, não repetimos o texto, o lirismo, o floreado.
Porque amamos mesmo as mulheres.
Cantemos indiscriminadamente, e que me perdoe o velho e bom Vinícius de Moraes, mas cantemos sobretudo as ditas feias, esse conceito cruel e abstrato de beleza. Elas merecem, até porque as feias não existem, nunca conheci nenhuma até hoje.
Não por sermos generosos, piedade, ou algo do gênero... É que a dita feia, quando bem cantada, vira a superfêmea, para lembrar a bela pornochanchada com a Vera Fischer.
A cantada permanente e indiscriminada é irresistível, quando você menos espera, acontece o que você tanto sonhava.
Sim, tem que ter o cuidado para não ser simplesmente um chato que baba diante do melhor dos espetáculos, a existência das mulheres.
Ter que cantar sempre a mesma mulher e parecer que está apenas de passagem, que o estribilho é sempre novo, nada de larararás que mais parecem refrões do Sullivan e do Massadas, lembram dessa dupla de músicas chicletosas?
Ah, digamos que você cantou a Sônia Braga ainda naqueles tempos em que Gabriela subiu com aquele vestidinho no telhado –a cena mais quente da teledramaturgia brasileira até hoje- e e continuou cantando, sempre, sutil e sempre, e agora ela, passados tantos calendários, se comove e resolve recompensá-lo! Vai ser lindo do mesmo jeito, não acha? Na tela do nosso cocoruto vai passar o videotape de todos os desejos antigos e despejados no ralo pela morena cravo & canela.