quarta-feira, 4 de agosto de 2010





Depois do Massacre





Falava da gravitação das flores:

do peso das hastes tensionando

este abismo de pó.

Ansiava uma espessura, uma cidade

invisível, no lugar de uma respiração.

Ser pássaro onde não há nenhum.

Ser um onde não há ninguém.








Rodrigo Garcia Lopes




(do livro Nômada)










Nenhum comentário:

Postar um comentário