quarta-feira, 30 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Venha até são paulo
São paulo tem socorro, tem liberdade, tem bom retiro
Tem esperança, tem gente e mais gente, cabe invade
São paulo tem muitos santos espalhados pelo estado
Tem são judas, são caetano, santo andré, tem são bernardo
Tem são miguel, são vicente, do outro lado tem são carlos
Tem santo
Que nem me lembro são joão clímaco, santo amaro e a capital são paulo
Tem o largo de são bento no centro
E no litoral tem santos, há santas também
É claro, santa efigênia, santana, santa cecília,
Tem santa clara...
Venha até são paulo ver o que é bom pra tosse
Venha até são paulo dance e pule o rock and rush
Entre no meu carro vamos ao largo do arouche
Liberdade é bairro mas como japão fosse
Venha nesse embalo concrete fax telex
Igreja praça da sé faça logo sua prece
Quem vem pra são paulo meu bem jamais esquece
Não tem intervalo tudo depressa acontece
Não tem intervalo
Vai e vem e tchan e tchum êta sobe desce
Gente do nordeste, do norte aqui no sudeste
Batalhando nesse mundaréu de mundo que só cresce
Só carece
Venha até são paulo relaxar ficar relax
Tire um xérox, admire um triplex
Venha até são paulo viver à beira do stress
Fuligem catarro assaltos no dia dez
Itamar Assumpção
domingo, 20 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
de qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto
teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala como a Primavera abre
(tocando sutilmente, misteriosamente)a sua primeira rosa
ou se quiseres me ver fechado, eu e
minha vida nos fecharemos belamente, de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;
nada que eu possa perceber neste universo iguala
o poder de tua imensa fragilidade: cuja textura
compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(não sei dizer o que há em ti que fecha
e abre; só uma parte de mim compreende que a
voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém,nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas
( tradução: Augusto de Campos )
terça-feira, 15 de novembro de 2011
LIXO ASSASSINO
O lixo no mundo tem aumentado.
O lixo não é somente
Restos, detritos,
Materiais gastos,
Coisas que não nos serve mais.
Tem muito Lixo Cultural por aí
Tem muito Lixo Moral por aí
Tem muito Lixo derivado
Dos absurdos dos insensatos.
Tem muito bueiro entupido
Tem muita sujeira espalhada
Da linha do trópico à calçada da minha casa.
Vamos cuidar
Para não escorregar
Materializado
E sermos
Soterrados
Por nós
Produzido
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Quase porque, como eu disse para prefeita de Saquarema, Sra. Franciane, cumpri o que me comprometi comigo mesma. Aliás, a escritora Roseana Murray (foto abaixo) escreveu algo bem bacana sobre eu ter ído parar em Saquarema (tô colocando abaixo e também o que achou do Caixinha de Música depois de assistir ao espetáculo).
Pretendo voltar em Saquarema para apresentarmos para tantas e tantas crianças que não puderam participar desta vez.
Agradeço ao Juarez (da secretaria de comunicação) pela força no rádio, TV, etc. A Kelly da secretaria de educação, e Luciana proprietária da belíssima POUSADA CANTO DA VILA.
No mais, deixo (abaixo) com a Roseana (postado em seu blog 8/11).
" Hoje, às 15hs, vou ao Teatro Mário Lago, aqui em Saquarema para assistir a peça montada por Nancy Macedo a partir do meu livro Caixinha de Música. Ela é atriz e dançarina, e não sei como veio parar aqui na minha cidade, algum vento maravilhoso a trouxe para que eu possa assistir ao seu espetáculo.
Caixinha de Música é um livro lindíssimo, minha parceria com meu filho Guga. Alexei Bueno, grande crítico de poesia na contra capa diz que " Caixinha de Música se insere perfeitamente na melhor genealogia da poesia para crianças no Brasil, na linha de obras-primas como Ou Isto ou Aquilo de cecília Meireles, ou dos Poemas Infantis de Vinicius de Moraes." Não é pouca coisa alguém tão importante escrever uma sentença assim! Fico muito impactada e me dá até um certo medo"
" Acabo de voltar do espetáculo Caixinha de Música, no Teatro Mário Lago, (completamente decadente, um horror!!!) e tudo me emocionou, até mesmo o teatro mostrando as suas entranhas carcomidas. Aliás, a Prefeita Franciane que foi conversar com as 130 crianças presentes, me disse que não irão reformar o Teatro, mas sim fazer um lindo teatro novo para 500 lugares. Saquarema merece! O espetáculo musical que a Nancy Macedo montou com os meus poemas do livro Caixinha de Música é simples, despojado, impactante, ela deixa que os poemas cantem sem nenhum artifício, acompanhada por um músico esplêndido. As crianças vibravam e cantavam junto e batiam palmas e participavam. Fiquei com um nó na gargante. É maravilhoso ver meus poemas transformados em canções ocupando o espaço poderoso do palco. Fiquei mesmo muito emocionada. O espetáculo é muito barato e se alguma escola quiser levá-lo entre em contato comigo que eu me comunico com a Nancy Macedo. É uma maneira linda de aproximar as crianças da poesia"
Professores ajeitando as crianças antes do espetáculo (não sei se o primeiro ou segundo)
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Na correria (estava fazendo um macarrão ao mesmo tempo), gente, ficou muito bom... estou almoçando aqui. Coisa rápida: sobra de carne moída (no meu caso com batata, do dia anterior (lógico tirei as batatinhas), rúcula (que estavam quase estragando na geladeira) e uma caixinha de creme de leite - num espaguette fininho. (rsrsr). E, bloguei no blog errado (rsrs).
Até que foi bom... na tentativa de ajeitar, está lá a informação (não aparece na imagem ao lado) - então:
DIA 08/11 ESTAREMOS (EU E JULIANO DELA GUERRA), APRESENTANDO O CAIXINHA DE MÚSICA NO TEATRO MÁRIO LAGO EM SAQUAREMA.
Agora sim aqui:
Um anjo torto
desses, maltrapilhos
descabelados e fedidos,
apareceu em minha frente, de repente
e indagou:
E aí moça, está tudo bem?
Tudo bem - eu disse.
Você não tem medo - perguntou.
Medo do quê - eu perguntei.
Medo de ficar sozinha - ele disse.
Não, não tenho medo disto - eu disse.
Aliás, não fui eu quem te chamou - eu retruquei.
Sim, mas eu já estava por aqui - ele falou.
E continuou:
Na verdade não tenho o que fazer na vida.
Sei, sei - eu falei.
Que tal tomarmos uma breja - eu convidei.
Ok - ele respondeu.
Era o que eu precisava – completou.
É o que eu preciso. Afirmei.