terça-feira, 7 de agosto de 2012


flutuar, pés, nuvem

Outro dia eu estava trabalhando com a performace e um lance me deixou muito contete.

É essa coisa mágica da poesia. Por muitas e muitas vezes parece que o poema era para aparecer naquele momento, presente e de vida, para uma situação. Para aquela pessoa e não outra. Torna-se nessas experiências, para alguns, como uma revelação. Uma "força estranha", um enigma, algo mágico, e que deixa a pessoa bem, mais confiante em alguma coisa, mais forte.

Neste caso específico, aconteceu com uma poesia minha. A escrevi dias depois da morte de meu pai. Não sei por qual situação o cara, que sem querer pegou essa poesia, passava. Seus olhos ao ler o poema se encheram de lágrimas, depois gritava dizendo que era aquilo que estava precisando naquele momento, que era para ele, como podia?enfim... leu para a mesa. Me arrepiei quando ouvi e percebi a autoria. Depois me perguntou sobre a poeta Nancy Macedo. Precisava conhecer mais dela.... 

Disse-lhe: "sou eu" - meio acanhada até (rsrsr). Ele me agradeceu e falou algumas coisas bacanas...  

Infelizmente ainda não tenho um livro editado; sim, pronto para isto, mas....

Comecei a me empenhar para. Espero um dia, e breve, indicar onde achá-lo... ou comigo ....

Abaixo o poema daquela noite:



O mundo flutua


Meus pés parecem flutuar


Somos par:


eu e o ar


tentando parar


no lugar.





(Nancy Macedo)



Nenhum comentário:

Postar um comentário