sexta-feira, 30 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Gene Kelly e Donald O. tamar Assumpção. Parlapatões
Para alguns que como eu perdeu váriossss espetáculos dos Parlapatões, agora terão oportunidade de assisti-los NA MOSTRA DE REPERTÓRIO, que começa agora. Eu estou saindo do luto... por muito tempo fiquei sem vontade de assisitir "qualquer coisa" fazia meus espetáculos e só.
Sou apaixonada pelos Parlapatões... são meus amigos... e os adoro (pois é... tem gente que não gosta de meu jeito de falar... que gosto, gosto e gosto... nunca entendi, pois aliás, na verdade, gosto de muitoooo POUCO). Claro, digo como artista, mas muito mais como público.
Entrem no blog dos Parlapas.... tem estréia de Marcelo Rubens Paiva no espaço... têm informações sobre o espetáculo itinerante "O Pior de SP" (último final de semana) e lógico tudo sobre a Mostra de Repertório.
AQUI: (ou ao lado nos links)
sábado, 24 de julho de 2010
"Porque hoje é sábado". Coloquei no Google imagens essa frase e uma das imagens que apareceu foi esta. Sim também pode ser dia de Bukowski.... como não?!!....
Sábado
O corpo
parece entender
quando é sábado:
logo ao despertar
põe-se em pé
a dançar.
As lembranças (principalmente estomacais)
Parecem entenderem quando é sábado:
Peixe (ensopado, frito ou assado)
Pirão, molho de pimenta com cebola, coentro e tomate.
“Era dia de feira” . Era como feriado!
A vaidade
Parece entender quando é sábado:
enfrente o espelho
Hathor.
Só o coração parece não entender que é sábado:
Bombeia o sangue apressado...
Pulsa desgovernado...
Não entendeu ainda
Que depende
Total mente
Dos olhos.
Nancy (improviso num sábado - 24/7)
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Um Soneto - Cecília Meireles
A INOMINÁVEL
...Leve... — Pluma... Surdina... Aroma... Graça...
Qualquer coisa infinita... Amor... Pureza...
Cabelo em sombra, olhar ausente, passa
como a bruma que vai na aragem presa...
Silenciosa. Imprecisa. Etérea taça
em que adormece luar... Delicadeza...
Não se diz... Não se exprime... Não se traça...
Fluido... Poesia... Névoa... Flor... Beleza...
Passa... — É um morrer de lírios... Olhos quase
fechados... Noite... Sono... O gesto é gaze
a estender-se, a alargar-se... — E enquanto vão
fugindo aos passos teus, Visão perdida,
chovem rosas e estrelas pela vida...
Silêncio! Divindade! Iniciação!
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Continuam abertas inscrições para meu curso na Cooperativa Cultural Brasileira para o segundo semestre.
CURSO DE INICIAÇÃO TEATRAL
com
Nancy Macedo
Sinopse:
O curso é destinado a qualquer participante acima de 14 anos e tem como objetivo trabalhar princípios básicos de teatro:
· Expressão e conscientização corporal.
· Expressão, aperfeiçoamento e conscientização de potencialidades vocais.
· Introdução a interpretação realista e improvisação.
· Atividades ligadas ao desenvolvimento da criatividade.
· Memória, desinibição, percepção.
· Introdução e esboço da história do teatro.
· Elementos de construção cênica.
Nancy Macedo é atriz profissional com formação em Arte Dramática. Atuou em diversos espetáculos teatrais, e também realiza trabalhos como cantora, diretora e performer. Foi aluna e posteriormente foi dirigida por Walter Portella (por anos assistente e coordenador de método de Antunes Filho - CPT), com Marco Antonio Braz em 59 min de Brecht (ex. assistente de Antunes Filho e prêmio shelll. Dirigida por Júlio Góes (também escritor e dramaturgo), por (em 6 espetáculos) também escritor e dramaturgo premiado Mário Bortolotto, Hélio Cícero , Fernando Faria (doutor em arte cênicas pela Unicamp), por Marcelo Amorim (artista plástico).... ultimamente vem desenvolvendo trabalhos sob sua própria direção.
Realizou cursos, oficinas e workshops de dança, teatro, performance, canto e criação literária com os artistas:Pina Baush, Kazuo Ohno, Jerzy Grotowski, Maura Baiocchi, Denise Stoklos, Jèrôme Bel, Holly Cravell, Sérgio Ferrara, João Silvério Trevisan, Frederico Barbosa, Luiz Antonio Assis Brasil, Mariana Muniz, Sandro Borelli, Raul Cortez, Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Gianni Rato, Márcio Aurélio, Eduardo Tolentino, Chico de Assis, Marcos Bulhões, Augusto Boal, Fernando Peixoto, Sérgio Carvalho, Rubens Rush, Cristina Salmistraro, Flávia Pucci, Tânia Grégio, Alessandro Orazi e Gisel Duran, Antonio Abujamra, Henrique Neves etc.
Ministra cursos, workshops e oficinas de teatro, tendo sido professora de teatro por dois anos no Palestra Itália - Sociedade Esportiva Palmeiras. No momento apresenta show de Poesia e Música e ensaia peça com estréia prevista para outubro 2010.
Carga horária: (um encontro por semana de 3horas/aula cada) .
Dias: Quartas - feiras
Horário: 15h ás 18h
Valor mensal: R$ 150,00 e R$ 110,00 para cooperados
Público Alvo: Pessoas interessadas com idade acima de 14 anos.
Número de vagas: 20
Número mínimo de participantes: 10
Local: Cooperativa Cultural Brasileira (BARRA FUNDA)
Inscrições: escoladasartes@coopcultural.org.br
Regras para inscrição:
Ficha de Inscrição:
sábado, 17 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Tua profundidade
é tanto quanto
uma gota num copo d'água.
Tuas curas
são tanto quanto
um véu de névoa.
são tanto quanto
um véu de névoa.
Tuas palavras/poemas
são tanto quanto
perambulantes disparates
correndo covarde
atrás de sílabas.
são tanto quanto
perambulantes disparates
correndo covarde
atrás de sílabas.
Teu sorriso
é tanto quanto
uma rosa roxa
esquecida por detrás
de uma brisa.
Teu amor
mundano, moribundo
é tanto quanto
espectro confuso
entre mentiras
mundano, moribundo
é tanto quanto
espectro confuso
entre mentiras
e pés
descalços.
Nancy Macedo
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Pablo Neruda abraçado a Matilde Urrutia na Isla Negra
(Parral 12 de Julho 1904 - Santiago 23 de Setembro 1973)
Pablo Neruda
(Parral 12 de Julho 1904 - Santiago 23 de Setembro 1973)
O TEU RISO
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosada minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
CURSO DE INICIAÇÃO TEATRAL com Nancy Macedo
Sinopse:
O curso é destinado a qualquer participante acima de 14 anos e tem como objetivo trabalhar princípios básicos de teatro:
· Expressão e conscientização corporal.
· Expressão, aperfeiçoamento e conscientização de potencialidades vocais.
· Introdução a interpretação realista e improvisação.
· Atividades ligadas ao desenvolvimento da criatividade.
· Memória, desinibição, percepção.
· Introdução e esboço da história do teatro.
· Elementos de construção cênica.
Nancy Macedo
é atriz profissional com formação em Arte Dramática. Atuou em diversos espetáculos teatrais, e também realiza trabalhos como cantora, diretora e performer. Teve aula e foi dirigida por Walter Portella (por anos assistente e coordenador de método de Antunes Filho - CPT), com Marco Antonio Braz em 59 min de Brecht (ex. assistente de Antunes Filho e prêmio shelll. Dirigida por Júlio Góes (também escritor e dramaturgo), por (em 6 espetáculos) também escritor e dramaturgo premiado Mário Bortolotto, Hélio Cícero , Fernando Faria (doutor em arte cênicas pela Unicamp), por Marcelo Amorim (também artista plástico).... ultimamente vem desenvolvendo trabalhos sob sua própria direção.
Realizou cursos, oficinas e workshops de dança, teatro, performance, canto e criação literária com os artistas:
Pina Baush, Kazuo Ohno, Jerzy Grotowski, Maura Baiocchi, Denise Stoklos, Jèrôme Bel, Holly Cravell, Sérgio Ferrara, João Silvério Trevisan, Frederico Barbosa, Luiz Antonio Assis Brasil, Mariana Muniz, Sandro Borelli, Raul Cortez, Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Gianni Rato, Márcio Aurélio, Eduardo Tolentino, Chico de Assis, Marcos Bulhões, Augusto Boal, Fernando Peixoto, Sérgio Carvalho, Rubens Rush, Cristina Salmistraro, Flávia Pucci, Tânia Grégio, Alessandro Orazi e Gisel Duran, Antonio Abujamra, Henrique Neves etc.
Ministra cursos, workshops e oficinas de teatro, tendo sido professora de teatro por dois anos no Palestra Itália - Sociedade Esportiva Palmeiras. No momento apresenta show de Poesia e Música e ensaia peça com estréia prevista para outubro 2010.
Carga horária: (um encontro por semana de 3horas/aula cada) .
Dias: Quartas - feiras
Horário: 15h ás 18h
Valor mensal: R$ 150,00 e R$ 110,00 para cooperados
Público Alvo: Pessoas interessadas com idade acima de 14 anos.
Número de vagas: 20
Número mínimo de participantes: 10
Local: Cooperativa Cultural Brasileira
SITE Cooperativa: www.coopcultural.org.br
Inscrições: escoladasartes@coopcultural.org.br
Telefone (11) 3828-3447
Regras para inscrição:
http://www.coopcultural.org.br/web/emanager/documentos/upload_/Regras%20para%20inscrição.doc
Ficha de Inscrição:
http://www.coopcultural.org.br/web/emanager/documentos/upload_/Ficha%20de%20inscrição.doc
Por favor ajudem a divulgar..... gracias ...
kisses.... besos
Nancy
Dias: Quartas - feiras
Horário: 15h ás 18h
Valor mensal: R$ 150,00 e R$ 110,00 para cooperados
Público Alvo: Pessoas interessadas com idade acima de 14 anos.
Número de vagas: 20
Número mínimo de participantes: 10
Local: Cooperativa Cultural Brasileira
SITE Cooperativa: www.coopcultural.org.br
Inscrições: escoladasartes@coopcultural.org.br
Telefone (11) 3828-3447
Regras para inscrição:
http://www.coopcultural.org.br/web/emanager/documentos/upload_/Regras%20para%20inscrição.doc
Ficha de Inscrição:
http://www.coopcultural.org.br/web/emanager/documentos/upload_/Ficha%20de%20inscrição.doc
Por favor ajudem a divulgar..... gracias ...
kisses.... besos
Nancy
domingo, 11 de julho de 2010
_______________________________________________
Estou entregando amanhã (data de encerramento das inscrições), um projeto no Minc "Prêmio Culturas Ciganas". E gostaria de falar um pouco sobre isto.
Há um mês e meio estou envolvida neste projeto. Foram muitos dias de pesquisa e vários dias num acampamento cigano. Me desculpe mas não vou dizer qual por enquanto. Quero proteger a comunidade. Os ciganos preferem se protegerem, e fazem bem, pois muitos só se aproximam para tirar vantagens. Como disse a lider desta comunidade que mencionei:
"trazem uns brinquedinhos fajutos, duas três cestas básicas, tiram fotos conosco, da comunidade, e saem falando por aí que fazem parte do nosso clã; pedem dinheiro por aí e dizem que é para nos ajudar... abrem até ONGs, e pra nós nunca chega nada".
Mas eles são muitíssimos dignos. As mulheres trabalham produzindo vestes ciganos, artesanato e lêem mãos e cartas. Está vivo, presente em seus cotidianos, suas tradições, a língua (Shibi), a cultura (danças, rituais, celebração de Santa Sara Kali (padroeira dos Ciganos) e a própria forma de vida: nômade, apesar de estarem menos viajantes devido a preocupação com o estudo das crianças (o que até pouco tempo não era muito importante para eles, tanto que 99% dos adultos desta comunidade, são analfabetos).
O preconceito com esse povo é ainda muito grande. Estão sempre à margem... etc e tal. Na verdade, quando eu cheguei pela primeira vez nesta comunidade, minha intenção era fazer um mini documentário. Só depois de outros encontros e de obter a confiança deles, que tive a permissão para escrever o roteiro e o projeto. Mas depois.... depois de algumas noites de insônia.... cheguei a conclusão que eles não precisam de documentário e sim de condições melhores de vida e matéria prima para criarem. Então, já meio que na correria, consegui convencer a lider da comunidade a ser a proponente do projeto, a fazer um projeto; então fiz o projeto para eles. Lógico, indo mais vezes para a comundidade, escutando, aprendendo sobre o dia-a-dia, tentando ouvir suas necessidades. E na verdade só escrevi mesmo, lógico aprimorando e formalizando as idéias e a proposta para a forma escrita. E a dançarina e pesquisadora de danças folclóricas e populares, Mônica Gouveia, esteve comigo deste o início.
A atriz Fanny Ardant (foto acima) fez um curta metragem de seis minutos sobre Ciganos. Vou colocar abaixo, ao final da postagem. Está em italiano, mas dá pra entender, e tem legenda em inglês. Estou colocando também um trecho de uma reportagem que colhi na internet, com ela. A Fanny não tem idéia de como vivem renegados os ciganos HOJE, e sempre, aqui no Brasil. Esta comunidade (como já disse, por enquanto não devo dizer), é bem próxima de São Paulo. E agora um pouco de poesia: Eles são coloridos... lindos.... ascendem fogueira ao final da tarde e dançam.... eu, apesar do pouco contato já posso dizer, com todo meu coração que os amo. E graças "aos Ciganos", hoje sou bem aceita por eles e somos amigos. É uma coisa meio maluca, quem gosta de cigano gosta verdadeiramente... gosta muito, muito.
Esta foto abaixo peguei na Net. A foto é de Paulo Pepe e são duas ciganinhas (como gostam de serem chamadas, da comunidade de Itaquaquecetuba - SP.).
Agora deixa eu correr ... final de copa... acho que vou assisitir né...
Fanny Ardant dirige e protagoniza um dos segmentos, “Chimères Absentes”. Para a atriz francesa, que já trabalhou com François Truffaut (com quem foi casada e fez seu primeiro grande filme “A Mulher do Lado”, de 1981, e o último do diretor, “De repente, num Domingo”, de 1983), Ettore Scola (“O Jantar”, 1998), Michelangelo Antonioni e Wim Wenders (“Além das Nuvens’, 1995) e Sidney Pollack (“Sabrina”, 1995), o cinema deve ser uma arte sem fronteiras.
Prova disso é que Fanny leva para as telas uma de suas grandes paixões: o povo cigano. No filme, ela é uma professora de música numa escola de uma cidadezinha da Itália cuja vida muda quando entra em contato com a cultura cigana. Mais do que isso, o curta é sobre a tolerância.
Prova disso é que Fanny leva para as telas uma de suas grandes paixões: o povo cigano. No filme, ela é uma professora de música numa escola de uma cidadezinha da Itália cuja vida muda quando entra em contato com a cultura cigana. Mais do que isso, o curta é sobre a tolerância.
“Quando fui convidada pela ONU, a proposta me instigou. Não é a mesma coisa que fazer um filme sozinha, no qual você deixa a sua criatividade livre. É preciso seguir algumas regras”. Ela conta que queria usar facas numa das cenas, mas foi alertada pelos produtores que tinha liberdade para abordar qualquer assunto, mas não podia usar qualquer tipo de arma no filme. “Isso não foi um entrave, eu pude contornar esse problema e resolver a questão de outra forma”, explica.
Para criar o filme, a atriz e também diretora explica que buscou no seu imaginário uma história que fosse coerente com ela mesma.
“Nunca fui uma pessoa política. Mas se creio numa coisa, creio até o fim. Eu amo os ciganos, tinha que falar sobre eles no filme.” Sua personagem, uma professora de música, abandona sua vida, e passa ensinar crianças ciganas.
No ano passado, Fanny dirigiu o longa “Cinzas e Sangue”, exibido na Mostra de Cinema de São Paulo. Ela conta que foi uma experiência que ‘aconteceu na vida’ dela, e não algo planejado. “Foi algo obscuro, um tanto misterioso, uma série de fatores que foram me levando a dirigir um filme. Não foi como eu pensar, ‘agora está na hora de virar diretora’”.
Segundo a atriz, para dirigir é preciso, acima de tudo, ter jogo de cintura. “Eu me sentia como numa floresta, precisava pular de galho em galho, para conseguir fazer o trabalho até o fim”.
Para levar o projeto até o fim, Fanny conta que em diversos momentos se lembrou de seu ex-marido Truffaut que num set de filmagens jamais cedia a pressões e chantagens. “Ele não se deixava influenciar, fazia o que queria da forma como desejava. Lembrar dessa persistência dele me deu paz na alma na hora de dirigir um filme. Foi a minha inspiração”.
O Brasil e o mundo
Essa é a primeira vez que Fanny veio a São Paulo, e do alto do 21º andar do seu hotel na região da Paulista, a atriz achou a cidade surreal. “Parece uma pintura de Salvador Dalí com seus arranha-céus, em meio a árvores que parecem vindas da Floresta Amazônica”.
Ela conta que boa parte daquilo que conhece do Brasil vem da literatura clássica. “Eu conheço os grandes autores brasileiros, e eles são genais. Isso sempre me fez pensar porque não faz tanto cinema no Brasil”. E quando fica sabendo que o mercado brasileiro é dominado por blockbuster americanos, ela diz não se espantar. “É assim em quase todo o mundo, infelizmente”.
Além da literatura, Fanny conhece um pouco de cinema brasileiro – especialmente os filmes de Walter Salles, que sempre estreiam na França. Ela diz que adoraria trabalhar com um diretor brasileiro. “Gosto do sabor da aventura, da descoberta. Sempre quero saber qual a imagem que um cineasta estrangeiro faz de mim”.
Se, por um lado, Fanny está curiosa para descobrir a imagem que os diretores estrangeiros fazem dela, por outro, ela diz não gostar nenhum pouco dos remakes norte-americanos de filmes franceses. Recentemente, estreou no Brasil, “O preço da traição”, refilmagem de “Nathalie X”, que ela protagonizou ao lado de Emmanuelle Béart e Gerard Depardieu. “Sempre é uma péssima ideia refazer um filme. Como disse Godard uma vez: ‘os franceses têm ideias, mas não têm dinheiro; já os americanos têm dinheiro, mas não tem ideias’. Adoro essa frase!”, alfineta.
O curta metragem AQUI:
sábado, 10 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
Paranóia (1963) ROBERTO PIVA (sempre)
Eu vi uma linda cidade cujo nome esqueci
onde anjos surdos percorrem as madrugadas tingindo seus olhos com lágrimas invulneráveis
onde crianças católicas oferecem limões para pequenos paquidermes que saem escondidos das tocas
onde adolescentes maravilhosos fecham seus cérebros para os telhados estéreis e incendeiam internatos
onde manifestos niilistas distribuindo pensamentos furiosos puxam a descarga sobre o mundo
onde um anjo de fogo ilumina os cemitérios em festa e a noite caminha no seu hálito
onde o sono de verão me tomou por louco e decapitei o Outono de sua última janela
onde o nosso desprezo fez nascer uma lua inesperada no horizonte branco
onde um espaço de mãos vermelhas ilumina aquela fotografia de peixe escurecendo a página
onde borboletas de zinco devoram as góticas hemorróidas das beatas
onde os mortos se fixam na noite e uivam por um punhado de fracas penas
onde a cabeça é uma bola digerindo os aquários desordenados da imaginação
sábado, 3 de julho de 2010
O Beijo - (pastel e carvão s/ papel) Rudson Under
Um Beijo
que tivesse um blue.
isto é
imitasse feliz
a delicadeza, a sua,
assim como um tropeço
que mergulha surdamente
no reino expresso
do prazer
Espio sem um ai
as evoluções do teu confronto
à minha sombra
desde a escolha
debruçada no menu;
um peixe grelhado
um namorado
uma água
sem gás
de decolagem:
leitor ensurdecido
talvez embevecido
"ao sucesso"
diria meu censor
"à escuta"
diria meu amor
sempre em blue
mas era um blue
feliz
indagando só
"what's new"
uma questão
matriz
desenhada a giz
entre um beijo
e a renúncia intuída
de outro beijo.
Ana Cristina César
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Pois é... Uruguai na semifinal depois de 40 anos. Bacana para nossos vizinhos. Mas devo confessar que achei uma pena Gana estar fora. Pela primeira vez um time da África na semifinal né. Parabéns para Gana. E que jogo emocionante! (apesar de só ter assistido do segundo tempo de prorrogação em diante).
Quanto ao Brasil, sem comentários. Aliás tenho um sim: Que coisa feia do Felipe Melo, não precisava daquilo, vamos respeitar mais o esporte, mesmo que alguns outros não respeitem.
E o Sr. Dunga.... e o Dunga... faltou técnico ali né.. é ... Dunga....
quinta-feira, 1 de julho de 2010
DAN (devir ancestral)
é um espetáculo de Maura Baiocchi.
Inaugura o ciclo Ecoperformances da Taanteatro Companhia.
Diante das agressões constantes que ameaçam as condições da vida na Terra, a coreógrafa tematiza de forma político-poética as relações entre corpo, meio ambiente e identidade mestiça. Realização multimídia que une dança, foto e vídeo-environmentperformance, instalação cênica, música original e poesia.
Programa Municipal de Fomento à Dança para São Paulo - 7ª edição
Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2009.
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