(Estou postando um poema "A Bailarina" , cujo acabei de conhecer... são tantos livros da Roseana. (Estou estreando Caixinha de Música - somente poemas deste livro). Então, além de achar o poema maravilhoso (me emocionou - em vários sentidos), faz parte de uma linda história - real.
Antes, o relato de uma professora de teatro que trabalha com jovens numa clínica de recuperação (postado no blog da Roseana, e que peço licença para colocar aqui).
É o poder da arte: teatro, poesia, etc., que a gente tanto duvida... ou não...
Olá Roseana:
Sou professora de teatro em uma clinica para dependentes químicos e lá trabalho com meninas de 11 a 17 anos, comecei esse trabalho com muito receio, pois são garotas que nunca tiveram contato com nem um tipo de arte ou educação, mas como venho desse meio também coloquei a armadura e fui para batalha diária. Roseana, no terceiro encontro eu fui surpreendida com uma das garotas, quando fiz a roda de conversa e perguntei se elas se lembravam de alguma manifestação artística que tenha passado pela sua vida, essa garota falou eu só lembro-me de um poema que li na 5ª série é assim... A bailarina... Roseana, quando olhei ela estava em posição e recitando seu poema com lagrimas nos olhos e orgulhosa por saber que a única coisa boa que ficou do seu ultimo encontro com a escola foi aprender o seu poema e no final ela falou a autora é Roseana Murray! Olha... Eu fiquei tão feliz e pensei! A autora precisa saber disso! Precisa saber que uma linda garota entre suas dificuldades de vicio de crack e problemas com a família tem no seu coração um poema lindo e forte como esse A bailarina! Obrigada por me permitir esta situação! Obrigada por me ajudar nessa guerra! Agora seus escritos fazem parte das minhas aulas, fazem parte da minha armadura!
A bailarina,
como frágil lamparina,
como pequeno colar,
faz do ar sua casa,
sua estrada pontilhada
de água.
Entre uma estrela e outra
a bailarina descansa.
Ali onde os humanos
não podem ir,
só os loucos, os loucos
e os que sabem
que com um desejo
se constrói um planeta.
Roseana Murray
como frágil lamparina,
como pequeno colar,
faz do ar sua casa,
sua estrada pontilhada
de água.
Entre uma estrela e outra
a bailarina descansa.
Ali onde os humanos
não podem ir,
só os loucos, os loucos
e os que sabem
que com um desejo
se constrói um planeta.
Roseana Murray
made outro poea
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