segunda-feira, 9 de novembro de 2009





Dou importância às miudezas.

Sou um apanhador de desperdícios

que nem as boas moscas





(30 segundos - por Manoel de Barros)






3 comentários:

  1. Oi Nancy, muito bom começar o dia com um olhar assim, voltado para as coisas "pequenas" "simples", que na verdade são as que provocam grandes espantos!

    Quintana falava que a poesia é um aprofundamento da visão do mundo, e acredito que Manoel vai por esse caminho também, pois ambos revelam sempre novos sentidos quando abrem a superfície das coisas cotidianas, nos relevando novas texturas, nos banhando de novos encantos, nos pintando de outras cores.

    É tão bom saber que há pessoas que compartilham essas coisas, que reconhecem nelas seu grande valor. É isso aí, Nancy!

    Um abraço e té mais!

    Geraldo.

    ResponderExcluir
  2. Nancy, que poema danado esse do Manoel de Barros. tô com o Livro das Ignorãças aqui do meu lado, um dos que leio/releio e a cada vez
    é outra coisa.
    Um poema desse livro que adoro:

    no Tratado das Grandezas do Ínfimo estava escrito:
    Poesia é quando a tarde está competente para dálias. É quando
    ao lado de um pardal o dia dorme antes.
    Quando o homem faz sua primeira lagartixa.
    É quando um trevo assume a noite
    e um sapo engole as auroras
    beijão!

    ResponderExcluir
  3. Que maravilhoso! obrigada Neuzza.... outro beijão... ah, li sobre o show...gostaria muito de ter estado lá... mas... beijossss

    Nancy

    ResponderExcluir