terça-feira, 28 de junho de 2011

Vendedora de Cigarros. Oscar...








Na correria. E hoje tem Workshop com o Ivaldo Bertazzo no Espaço Tom Jobim. Consegui fazer parte do grupo. Bacana, pois estava bem concorrido, muita gente mesmo a fim. Então mais tarde estaremos lá.



Essa semana aconteceram coisas bem bacanas com a "Vendedora de Cigarros". Parece meio arrogante e metido, mas é fato, é uma experiência e tanta! Muitas coisas interessantes, mágicas, fantásticas, etc., acontecem.



Vou homenagear aqui hoje, o escritor e poeta Oscar Wilde. Foi emocionante, outro dia, como uma garota expressou sua admiração e amor pelo poeta. Fiz uma caixinha só dele, digo, só com ele. Aliás, minhas caixinhas estão sendo copiadas, dentre outros, por algumas professoras que trabalharam, por exemplo, com as crianças para os dias das mães. Os cigarrinhos também estão sendo copiados. Alguns dizem pra eu patentear (risos) imagina. Coisa mais besta e simples essas caixinhas, e fico feliz por serem copiadas.



Abaixo Oscar Wilde. Kisses.





A Balada do Cárcere de Reading





(trecho)






... O casaco escarlate não usou, pois tinha

De sangue e vinho o jeito;

E sangue e vinho em suas mãos havia quando

Prisioneiro foi feito,

Deitado junto à mulher morta que ele

E matara em seu leito.

Ao caminhar em meio aos julgadores, roupa

Cinza e gasta vestia;

Tinha um boné de críquete, e seu passo lépido

E alegre parecia;

Mas nunca em minha vida alguém olhar

Tão angustiado o dia.

Eu nunca vi na vida que tivesse

Tanta angústia no olhar,

Ao contemplar a tenda azul que os prisioneiros

De céu usam chamar,

E as nuvens à deriva, que iam com as velas

Cor de prata pelo ar.

Num pavilhão ao lado, andei com outras almas

Também a padecer,

Imaginando se seu erro fora grave

Ou um erro qualquer,

Quando alguém sussurou baixinho atrás de mim:

"O homem tem que pender".Cristo!

As próprias paredes da prisão eu vi

Girando ao meu redor,

E o céu sobre a cabeça transformou-se em elmo

De um aço abrasador;

E, embora eu fosse alma a sofrer, já nem sequer

Sentia a minha dor.

Sabia qual o pensamento perseguido

Que lhe estugava o andar,

E porque demonstrava, ao ver radiante o dia,

Tanta angústia no olhar;

O homem matara a coisa amada, e ora devia

Com a morte pagar.

Apesar disso-escutem bem-todos os homens

Matam a coisa amada;

Com o galanteio alguns o fazem, enquanto outros

Com a face amargurada;

Os covardes o fazem com um beijo,

Os bravos, com a espada!

Um assassina o seu amor na juventude,

Outro, quando ancião;

Com as mãos da Luxúria este estrangula, aquele

Empresta do Ouro a mão;

Os mais gentis usam a faca, porque frios

Os mortos logo estão.

Este ama pouco tempo, aquele ama demais;

Há comprar, e há vender;

Uns fazem o ato em pranto, enquanto que um suspiro

Outros não dão sequer.

Todo homem mata a coisa amada!

- Nem por isso

Todo homem vai morrer.







Nenhum comentário:

Postar um comentário