Na correria. E hoje tem Workshop com o Ivaldo Bertazzo no Espaço Tom Jobim. Consegui fazer parte do grupo. Bacana, pois estava bem concorrido, muita gente mesmo a fim. Então mais tarde estaremos lá.
Essa semana aconteceram coisas bem bacanas com a "Vendedora de Cigarros". Parece meio arrogante e metido, mas é fato, é uma experiência e tanta! Muitas coisas interessantes, mágicas, fantásticas, etc., acontecem.
Vou homenagear aqui hoje, o escritor e poeta Oscar Wilde. Foi emocionante, outro dia, como uma garota expressou sua admiração e amor pelo poeta. Fiz uma caixinha só dele, digo, só com ele. Aliás, minhas caixinhas estão sendo copiadas, dentre outros, por algumas professoras que trabalharam, por exemplo, com as crianças para os dias das mães. Os cigarrinhos também estão sendo copiados. Alguns dizem pra eu patentear (risos) imagina. Coisa mais besta e simples essas caixinhas, e fico feliz por serem copiadas.
Abaixo Oscar Wilde. Kisses.
A Balada do Cárcere de Reading
(trecho)
... O casaco escarlate não usou, pois tinha
De sangue e vinho o jeito;
E sangue e vinho em suas mãos havia quando
Prisioneiro foi feito,
Deitado junto à mulher morta que ele
E matara em seu leito.
Ao caminhar em meio aos julgadores, roupa
Cinza e gasta vestia;
Tinha um boné de críquete, e seu passo lépido
E alegre parecia;
Mas nunca em minha vida alguém olhar
Tão angustiado o dia.
Eu nunca vi na vida que tivesse
Tanta angústia no olhar,
Ao contemplar a tenda azul que os prisioneiros
De céu usam chamar,
E as nuvens à deriva, que iam com as velas
Cor de prata pelo ar.
Num pavilhão ao lado, andei com outras almas
Também a padecer,
Imaginando se seu erro fora grave
Ou um erro qualquer,
Quando alguém sussurou baixinho atrás de mim:
"O homem tem que pender".Cristo!
As próprias paredes da prisão eu vi
Girando ao meu redor,
E o céu sobre a cabeça transformou-se em elmo
De um aço abrasador;
E, embora eu fosse alma a sofrer, já nem sequer
Sentia a minha dor.
Sabia qual o pensamento perseguido
Que lhe estugava o andar,
E porque demonstrava, ao ver radiante o dia,
Tanta angústia no olhar;
O homem matara a coisa amada, e ora devia
Com a morte pagar.
Apesar disso-escutem bem-todos os homens
Matam a coisa amada;
Com o galanteio alguns o fazem, enquanto outros
Com a face amargurada;
Os covardes o fazem com um beijo,
Os bravos, com a espada!
Um assassina o seu amor na juventude,
Outro, quando ancião;
Com as mãos da Luxúria este estrangula, aquele
Empresta do Ouro a mão;
Os mais gentis usam a faca, porque frios
Os mortos logo estão.
Este ama pouco tempo, aquele ama demais;
Há comprar, e há vender;
Uns fazem o ato em pranto, enquanto que um suspiro
Outros não dão sequer.
Todo homem mata a coisa amada!
- Nem por isso
Todo homem vai morrer.
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