quarta-feira, 15 de junho de 2011



Esses dias recebi um comentário (de lá atrás) sobre uma postagem com poemas de Sylvia Plath.

Também adoro a escritora. Tentei fazer mais coisas dela (fiz uma performance no espetáculo Cabaret Lazarus (fácil saber sobre qual poema né... lógico, pra quem conhece um pouco suas obras...).

Então, desenvolvi um projeto onde me aprofundaria em seus poemas... e escrevi esse projeto na lei rouanet. Comecei trabalhar sozinha, depois envolvi profissionais bacanas que se envolveram na história toda (Arrigo Barnabé, Claudia Palma (coreógrafa e dançarina com pesquisa em teatro), mas mesmo aprovado pela rouanet (também mandaria para alguns editais) não pude concluir o projeto porque não tive a autorização da filha da Sylvia.

Fiquei triste de um jeito (rsrsr) achei ridículo... a proposta era completamente artística... A Sylvia (pesquisei muito a poeta, tenho certeza, adoraria) enfim...

E como ontem falei muito nela... muito mesmo (a defendendo inclusive (rsrs) vou postar um poema que gosto demais. E talvez esteja precisando dele no momento.



OS MENSAGEIROS


Palavra de lesma em prato de folha?
Não é minha.

Não a aceite.
Ácido acético em lata selada?

Não o aceite.
Não é genuíno.

Anel de ouro e nele o sol?
Mentiras.

Mentiras e uma dor.
Geada numa folha, o imaculado

Caldeirão, estalando e falando
Sozinho no topo de cada um

Dos nove Alpes negros,
Um distúrbio nos espelhos,

O mar estilhaçando seu cinza
-Amor, amor, minha estação.



SYLVIA PLATH


Tradução: Rodrigo Garcia Lopes e Cristina Macedo, em "Ariel", edição restaurada e bilíngue, com os manuscritos originais. Verus Editora, 2007.



2 comentários:

  1. Olá Nancy! Prazer! gostaria de conversar com você. Se possível me passe seu e-mail para o Fernandesteatro@gmail.com :) obrigado!

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  2. Oi Fernandes... passei um e-mail pra ti.

    bj

    Nancy

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