quinta-feira, 27 de setembro de 2012


(Trabalho da artesã Cida Fiorini - de seu blog)


Um vaso se quebrou. Uma nova flor se abriu. Um peito se estufa. As lágrimas secaram. As águas jorram de um poço que já havia sido soterrado. Uma luz nasce através de um ponto imaginário - de uma perspectiva - não de um triângulo, sim, de dois pontos, em comum, afastados. As águas novas sobem até as nuvens, cruzam com o ar, voltam a nós como pétalas cristalinas, que se dissolvem e benzem nossas cabeças e mentes. Da luz, avistada, faz-se nascer uma linha que percorre um caminho em direção ao infinito. Da nova flor que se abriu, o vermelho foi contemplado; e com a cor de sua nova capa, respira o mundo. Agita-se ao sol, sabe que não à toa sua missão - e agradece. Do vaso que se quebrou, os cacos, sagrados, foram guardados. Os outros, jogados, de costas, ao acaso - para serem esquecidos para sempre.




(Nancy Macedo - 27/09/2012)

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