O poeta:
Vestiu a mesma cueca
a mesma meia
a mesma calça
e camisa.
Desceu a mesma rua
e andou pela mesma calçada.
Tropeçou na mesma pedra
e entrou no mesmo bar.
Riu pra mesma garçonete.
Sentou na mesma mesa de sempre.
Pediu o mesmo conhaque.
Sacou a mesma caneta
E escreveu num guardanapo:
Não sou o mesmo de ontem
mas com certeza
o mesmo vira-lata -
que ora está
molhando de novo
Vestiu a mesma cueca
a mesma meia
a mesma calça
e camisa.
Desceu a mesma rua
e andou pela mesma calçada.
Tropeçou na mesma pedra
e entrou no mesmo bar.
Riu pra mesma garçonete.
Sentou na mesma mesa de sempre.
Pediu o mesmo conhaque.
Sacou a mesma caneta
E escreveu num guardanapo:
Não sou o mesmo de ontem
mas com certeza
o mesmo vira-lata -
que ora está
molhando de novo
as palavras.
E assinou
(com a mesma caligrafia diária):
“Dito popular"
E assinou
(com a mesma caligrafia diária):
“Dito popular"
(nancy - 200...)
salve, Nancy!
ResponderExcluircurti muito esse poema.
abração e muita luz no seu canal!
é mesmo? nossa, não sei nem o que dizer. É muito bom quando uma grande poeta e artista, que é você, curti nossas coisinhas.
ResponderExcluirbeijo enorme
Nancy