segunda-feira, 8 de junho de 2009


Acabo de tomar uma sopa, o que é comum pra mim nesses dias de frio.

Caldo de ervilhas, mandioca, feijão, caldo verde; sopa de legumes, abóbora japonesa... e outras que a gente inventa.

Foi num desses dias de frio, e sopa, que escrevi essas linhas que seguem abaixo. Nunca tive coragem de jogar no lixo. Talvez eu jogue um dia......


Entre Sopa e Leminski


Não, a sopa ainda não está pronta.

Entre Leminski
uma tragada no cigarro
& um gole de conhaque
um ingrediente a mais na danada.

(E o poeta agora dá sua aula:
Página 257).

É preciso mexer bem o caldo
que está quase no ponto
pra todos os gostos
bem encorpado.

Treze de julho
não é Curitiba
é São Paulo.

Muito frio num sábado
Em uma Sampa agitada.
-tal qual meu estado estomacal-

(Outra sopa no cardápio,
essa, nas páginas, e não degustada:
Uma corda no pescoço
e tudo se acabava).

Pausa.

Mexer novamente o caldo:
A mandioca derretida
gruda no fundo da panela.

Como o poeta encarou
uma notícia daquelas?


(Nancy - São Paulo - 2004)


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