sábado, 18 de abril de 2009


Verdade, beleza, silêncio

É o título para o ensaio de Paul Auster sobre a poeta Laura Riding , no livro "A Arte da Fome". Vou colocar aqui dois poemas da poeta que estão neste ensaio. Para quem tiver curiosidade em conhecer mais, tem um livro muito, muito bom "Mindscapes" onde se encontra bibliografia, poemas, textos de outros sobre a poeta, etc., o autor é Rodrigo Garcia Lopes pela editora Iluminuras.


Temos que aprender melhor

O que somos e não somos.

Não somos o vento.

Não somos cada humor errante que tenta

Nossas mentes ao abandono irrefletido do lar.

Temos que dinstinguir melhor

Entre nós e os estranhos.

Há muita coisa que não somos.

Há muita coisa que não é.

Há muita coisa que não temos que ser.

(de "The why of the wind")

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Você fingiu estar vendo.

Eu fingi que você viu.

Chegamos assim por tais olhos -

E no mistério a dispor da linguagem.

*

Não havia vista por ver.

O que deve ser visto não é vista.

Você o transformou numa vista por ver.

Não é uma vista e essa foi a causa.

Agora, tendo visto, corremos os olhos

E uma bênção escura passe por nós -

Uma bênção lento-veloz ter visto

E dito e feito nem pior nem melhor.

(de "Benedictory")


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